Quem sou eu

Ás vezes eu tenho vontade de sair gritando por aí,outras (e na maioria delas)eu tenho vontade de ficar calada. Não gosto de sobra de espaços,mais não quero ocupar todos eles. O que existe ao redor são cenários pra minha história acontecer.

sexta-feira, agosto 25, 2006

"...Mas eis que chega a roda-viva e carrega o destino pra lá..." (Chico Buarque)

Eu tenho um mau-jeito com a mão esquerda, parece que ela não é certa sabe?Parece que eu não controlo direito não tenho os movimentos inteiros dela.Com as contas de somar na escola também,elas nunca davam certo os meus números nunca foram inteiros,sempre pela metade. Minhas tentativas frustradas de amarrar os sapatos e aqueles laços que nunca conseguia.Acho que é por isso que nunca amarrei,sempre escondi os cadarços,arrumei uma fuga.
Me vestia de pena.

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Um professor uma vez leu minha mão e disse que eu ia perder alguém.E perdi,por coincidência ou não.
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Eu tento achar só que continuo procurando nos lugares errados,tudo o que eu perdi. Tudo o que eu esqueci.Esqueci de fechar a porta atras de mim, de apagar a luz, merda!Esqueci de me encontrar!

Coloco o fone do mp3 no ouvido e sigo meu caminho. O caminho que eu faço todos os dias.
Uma canção me serve de trilha sonora,minha vida passa como um filme. Meu All Star e minha mochila são as melhores companhias. Não sei mais viver sem a minha mochila.
Sensações de frio, avesso e solidão me escondem do sentido da vida.Me abracei com a canção cheguei em casa e tive a cisma de que alguém entrou no meu quarto e mudou tudo de lugar.
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"Quem te acompanha é a sua alma, e quem te trai é sua mente."

segunda-feira, agosto 21, 2006




Ela chegou no portão e viu que não exisitia mais nada ali.Só o portão, vontade de chamar o avô que sempre fazia leite com açucar queimado no frio pra ela.

Destruíram a casa, era daquelas casas de madeira com uma lareira gigante um tapete bordado na porta que dizia:"namastê".No natal a árvore era um pinheiro de verdade que chegava até o teto.Era enfeitado por ele e pelas cinco netas.Eram só meninas.

Buscar lenha pra colocar na lareira tirar a neve da calçada pra sair com o carro olhar aqueles floquinhos caindo não sei da onde! Tá certo que não era sempre que nevava.Na verdade era difícil nevar.Mais nevava.

Era um momento único.

A luz fica diferente da casa do vô, parecia que não era o mesmo sol.Tinha uma confusão, o olhar se perdia.

Pra dormir eram muitos cobertores,meias,blusas.

....

O vô ficou doente,três anos na cama,ela tinha um medo misturado com dó de conversar com ele,até porque tinha tido dois derrames,nem entendia direito o que falava,ficava sem saber o que fazer.

Ele não via mais a luz diferente,não o levavam pra fora de casa ele não fazia mais leite quente, tremia muito.Muito menos conseguia pegar a lenha pra colocar na lareira.

...só havia além do portão uma culpa que se perdia de vista...

Hoje ela faz o que na época não fizera pro avô.

sexta-feira, agosto 11, 2006

Falta as vezes um pouco de atitude.Admito isso.

Aqui dentro (hoje)parece que só tem lixo emocional.

Medo anciosa olho me apavoro.
Leio o meu nome:Larissa Passos Nogueira.
Passei no teste de circo, já fiz a festa no tecido(de novo,tava com saudades).

Encontrei meu casulo...

terça-feira, agosto 08, 2006

"Vestígios que ainda vou deixar."


Em outro tempo quando ainda vou acreditar na existência da lua vai ser possível escrever poemas ,em outros tempos os dias vão correr com a água e limpar as imundas máscaras.
Hoje nenhuma palavra pode ser escrita nenhuma sílaba permanece na aridez das pedras ou se expande pelo corpo estendido no quarto do zinabre e do álcool - pernoita-se
onde se pode - num vocabulário reduzido e obsessivo - até que o relâmpago fulmine a língua e nada mais se consiga ouvir.
E apesar de tudo continuamos a repetir os gestos e a bebera serenidade da seiva - vamos pela fé- até que tocamos o místico arbusto estelar eo mistério da luz ofusca os olhos numa euforia imensa.

REALIDADES:
Porque continuamos...
Porque continuo com a fé...

A gente continua a exisitir.
Apesar de tudo.